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Greve dos professores federais: governo propõe a revogação de normas da gestão anterior, mesmo assim, greve continua
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O ministro da Educação, Camilo Santana, disse ter apelado aos grevista para o fim da greve. Proposta do governo será levada à assembleia, segundo entidades que representam a categoria.
- Por Camilla Ribeiro
- 14/06/2024 21h47 - Atualizado há 4 meses
Nesta sexta-feira (14), o governo propôs a professores das universidades federais que estão em greve a revogação de duas normas da gestão anterior, como vem sendo reivindicado pela categoria.
Essa proposta foi considerada como o avanço na reunião desta sexta com os docentes. Mas a greve continua.
Segundo as entidades que representam os professores, a proposta do governo será levada para assembleia.
O governo diz que está confiante num término próximo da paralisação.
As normas que o governo propôs revogar são:
-A portaria nº 983/2020 do MEC: que estabelecia uma carga horária mínima de 15 horas semanais de aula para os professores das escolas técnicas.
-A Instrução Normativa nº 6 de 2022: que limita a progressão funcional de docentes.
"Tenho feito um apelo para o fim da greve. O governo do presidente Lula concedeu um reajuste de 9% no primeiro ano de governo, após anos sem reajuste. Reabriu todas as mesas de negociações e tem oferecido melhorias que são históricas. Reajustes que variam de 23 a 46% até 2026, incluindo os 9% de 2023. Além da reestruturação das carreiras e de ter concedido 115% de aumento no vale-alimentação, mais de 50% no auxílio saúde e 50% no auxílio creche", declarou o ministro da Educação, Camilo Santana.
Histórico da greve
Aproximadamente 51 universidades, 51 institutos federais (IFs) e o Colégio Pedro II continuam em greve.
Professores e servidores das instituições federais reivindicam reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, e revogação de normas aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andres), existe uma defasagem de 22,71% no salário dos professores, acumulada desde 2016. A categoria pede uma reposição salarial que considere essa diferença.
Os níveis de paralisação variam de uma instituição para outra, professores e técnicos-administrativos aderiram à greve.
Em outros casos, apenas os professores ou técnicos estão paralisados. Nos institutos federais, a greve atinge pelo menos 400 campi espalhados pelo país..